A corrosão é um processo de deterioração dos metais que resulta da interação entre o oxigênio presente no ar e os átomos da superfície do metal. Quando o material contém ferro, chama-se esta corrosão de ferrugem, que tem cor castanho avermelhada. Todos os metais podem ser corroídos, em maior ou menor escala, gerando diferentes tipos de corrosão.
Para que a corrosão ocorra, devem existir os átomos que necessitam de elétrons para se estabilizar, e um meio pelo qual isso ocorrerá, como a água, por exemplo, presente inclusive no ar atmosférico).
Os aspectos mais visíveis estão ligados à aparência, porque uma peça enferrujada dá ideia de ser velha e abandonada.
Outros, mais graves, dizem respeito a falhas de peças, que ficam mais frágeis, e com a superfície áspera e escamosa.
Para proteger as superfícies metálicas, existem tratamentos apropriados que servem como proteção, pois criam uma espécie de barreira contra os agentes externos.
Outra forma de evitar a corrosão é optar por materiais próprios para situações em que o problema pode ser previsto. Afinal, se o projetista já tem noção de onde será utilizado determinado metal, por que não impedir a corrosão logo na fonte, evitando problemas futuros?
Para isso, existem as ligas de aço, com propriedades inoxidáveis. Tais metais são obtidos a partir da adição de níquel e cromo. Este último metal em contato com o oxigênio, cria uma camada protetora muito fina, mas muito eficiente.
Além dos aços inoxidáveis, existem aços tratados: o galvanizado e o galvalume. A principal diferença entre aço galvanizado e galvalume é a composição do revestimento.
O revestimento galvanizado tem apenas zinco em sua composição já o galvalume é revestido com 55% de alumínio, 43,5% de zinco e 1,5% de silício. Isso faz com que o galvalume seja até quatro vezes mais durável que o galvanizado.
É importante ressaltar que o aparecimento de corrosão em um objeto indica que, pelo menos na região atingida, suas propriedades mecânicas foram alteradas. A remoção da ferrugem não recupera as estruturas internas do material.
Logo, se a área corroída for grande ou se estiver em algum local muito solicitado do sistema mecânico, é preciso considerar a substituição da peça por outra nova e sem ferrugem. Um bom programa de manutenção preventiva é uma forma eficiente de evitar a inutilização de peças por corrosão mecânica.
Por outro lado, uma estrutura exposta a um ambiente agressivo requer proteção definida de acordo com a vida útil planejada para a estrutura.
Às vezes, essa corrosão é inofensiva ou mesmo benéfica: a pátina esverdeada que cobre a pele de cobre da Estátua da Liberdade, em Nova York, protegia o metal dos danos provocados pelo tempo. Dentro da estátua, no entanto, a corrosão causou sérios danos ao longo dos anos. A estrutura de ferro e a pele de cobre formaram uma enorme célula galvânica, como uma pilha elétrica, fazendo com que quase metade da estrutura interna já estivesse enferrujada em 1986, ano em que a estátua fez 100 anos.
Alguns metais podem ser tratados com lasers para dar-lhes uma estrutura não cristalina, que resiste à corrosão. Na galvanização, o ferro ou aço é revestido com o zinco e isso forma uma célula galvânica onde o zinco se corrói, mas não o ferro.
Outra forma de proteger os metais contra a corrosão é a aplicação de revestimentos não metálicos – tintas de diversos tipos.
Um dos revestimentos mais eficientes é a aplicação de tinta em pó com equipamento eletrostático, o que garante a penetração em partes com recessos. A tinta, que pode ser epóxi ou poliéster, é tratada em estufa a quente, deixando uma película dura, aderente e impermeável.
Uma classe de produtos, que são os brinquedos de playground, tem exigências de segurança muito sérias, relacionadas com a corrosão.
Num balanço, por exemplo, que tenha o suporte das correntes que seguram o assento preso a um eixo metálico, este deve aguentar todo o peso da criança em movimento. Se com o tempo for afetado pela corrosão, poderá se romper, causando um acidente sério.
Como um outro exemplo, um escorregador que sofra corrosão na superfície de escorregamento ou em suas bordas laterais, poderá causar ferimentos sérios nas pernas das crianças que escorregam.
Como se pode avaliar se um tratamento contra corrosão será eficiente com o tempo?
Podemos tomar como parâmetro o requisito do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), nas especificações de equipamento de playground em creches e escolas:
– resistência de 240 horas no ensaio de névoa salina, conforme a norma brasileira ABNT NBR 8094:1983.
De fato, a névoa salina, como acontece nas cidades de nosso litoral, é uma das formas mais agressivas de provocar a corrosão. Quem tem alguma casa ou apartamento próximo ao mar sabe que a vida dos equipamentos, mobiliário e eletrodomésticos fica reduzida à metade da que teriam em outro ambiente.
Os playgrounds são certificados pelo INNAC quanto à sua segurança.
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Engenheiro Especialista