Toy Story 4, tudo é brinquedo
Bom, antes de começar aqui meu texto, quero dizer que não tem spoiler nenhum, pode ler sem qualquer perigo. 🙂
Como sou fã da franquia de Toy Story, assisti a todos no cinema desde do primeiro FILME em 1995, onde o Woody descobria que poderia ser trocado como brinquedo favorito do Andy e acaba ganhando um novo e grande amigo que seria o Buzz.
Mas diferente de todos os outros filmes da franquia, Toy Story 4 coloca mais um novo personagem nessa história: temos o “garfinho” que é um brinquedo criado com sobras de lixo pela Bonnie. Cabe uma pergunta, este garfinho pode ser considerado um brinquedo? É aí que entra o motivo deste texto aqui, em uma página de organismo de certificação de produtos e grande especialista em certificação de brinquedos.
Lógico que o “garfinho” ainda não passou por nenhum tipo de teste que os demais personagens de Toy Story já passaram (todos certificados pelo Innac, rs), para serem brinquedos, que serviram por tantos anos para o Andy e agora estão nas mãos da Bonnie.
Mas será que o garfinho apresenta algum risco para a Bonnie mesmo sendo criado por ela? Não necessariamente, pois a idade que a Bonnie apresenta no desenho é entre 6 e 7 anos, fato que já tira muitos dos riscos que um brinquedo como um “garfinho” pode oferecer.
O que é mais encantador e que o desenho passa para todos os fãs é a forma como Andy e agora a Bonnie são envolvidos por seus brinquedos e como o lúdico ou o faz de conta faz com que todo um universo seja criado em volta dos brinquedos.
Não existem jogos eletrônicos, nem celulares e tablets, apenas brinquedos e a imaginação da Bonnie.
Sim, o “garfinho“ é um brinquedo , um brinquedo criado pela Bonnie e que vive em um mundo lúdico que ela criou. Como Vygotsky (psicólogo russo) já dizia, é muito importante para formação da criança e da sua personalidade o ato de brincar e ter todo o seu mundo criado com suas regras. Toy Story sempre, em todos os filmes, passa esse tipo de lição: quanto esse brincar é importante para a criança, seja com brinquedos que são fabricados, seja com brinquedos que são criados por ela mesma. O mais importante de tudo isso é que o brincar nunca vai deixar de existir para qualquer criança e os brinquedos sempre farão parte desta fase tão importante. Lembramos que, quando for comprar seus brinquedos, não esqueça de verificar se está certificado e de preferência com o selo do Innac, e se caso seu pequeno for criar seu próprio brinquedo fique atento aos eventuais riscos que podem apresentar os itens que serão utilizados, e boa brincadeira.
Gerente de Certificação
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Slime – os perigos escondidos por trás da brincadeira
O slime, diversão do momento para crianças e até para os adultos, pode ser a causa de intoxicações graves, queimaduras e até interferências na fertilidade.
Se você está atualizado sobre o universo infantil ou até mesmo se não convive com uma criança, já deve ter escutado sobre, ou ter presenciado a nova febre mundial que tomou conta da criançada. O slime, ou geleca, já se tornou parte da rotina dos pais e filhos, já que mesmo com a possibilidade de ser comprado, o divertido é colocar a mão na massa e fabricar a sua própria mistura, incluindo ingredientes que podem variar desde produtos comestíveis até os químicos. Nessa prática, aparentemente inofensiva e que rende muita diversão, moram riscos silenciosos que podem trazer danos à saúde de sua família.
Mas afinal, por que o Slime faz tanto sucesso? Ele é uma versão atual daquela antiga massinha de modelar que usávamos nas brincadeiras. Essa variante moderna, por sua vez, é gelatinosa e traz como diferencial a obtenção de uma variedade de cores, brilhos e texturas que atraem os olhares atentos dos pequenos. A brincadeira se inicia quando a criança começa a fabricar seu próprio slime, algo nada muito difícil para a era da informação. A febre é tanta que milhares de vídeos e instruções pipocam internet afora, no Youtube, Instagram e em outras redes sociais que cada vez mais cedo fazem parte da realidade dos pequenos.
Além de divertida, a geleca estimula o crescimento da criança, desenvolvendo suas capacidades cognitivas e sensoriais, de raciocínio e, principalmente, a criatividade. A brincadeira se torna praticamente uma terapia, com a possibilidade de a massinha ser livremente esticada, amassada e manipulada.
Mas é preciso ficar atento! Fazer seu próprio slime, apesar de ser uma forma muito divertida de unir a família, pode trazer sérios danos à saúde de quem a manipula.
Para a confecção do slime caseiro, utilizam-se alguns produtos que deixarão a mistura elástica para moldar. Dentre os ingredientes mais comuns para a confecção do slime caseiro, podemos citar desde o gel para cabelos, espuma de barbear, água boricada, aquela usada no tratamento de irritações nos olhos, e bicarbonato de sódio até componentes de produtos de limpeza, como o borato de sódio, também conhecido como Bórax.
Dependendo de sua quantidade e tempo de exposição, o Bórax pode ocasionar intoxicações, manifestadas por meio de náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia com coloração esverdeada/azulada, cianose (coloração azulada que a pele e mucosas podem desenvolver) das extremidades ou central, hipotensão (pressão arterial inferior à normal), perda de consciência e até choque cardiovascular. Não é atoa que a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – considerou este componente como pertencente à classe toxicológica II, ou seja, altamente tóxico.
Em um estudo realizado pela Which?, no Reino Unido, com onze marcas de slime, oito delas apresentaram níveis de boro, que é o elemento químico tóxico do Bórax, acima do permitido. Neste mesmo estudo foi identificado que o boro pode trazer sérios danos à fertilidade das mulheres e riscos para o feto em casos de contato por parte de gestantes.
Outros estudos já realizados e casos identificados de crianças que apresentaram intoxicações e queimaduras pela exposição ao boro, acende a discussão sobre esse brinquedo e alternativas para sua fabricação. Para aqueles que desejam comprar ou para quem prefere fabricar seu próprio slime, é primordial checar antes e ter certeza da idoneidade do fabricante, bem como se o produto é apropriado para a criança, de modo que não afete sua integridade. É ideal que os ingredientes sejam testados e certificados por Organismos capazes de identificar não conformidades, acreditados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para atestar a segurança do produto à criança e a quem o manipular. O selo de Segurança do Brinquedo, com as logomarcas do INMETRO e do Organismo certificador, é a informação necessária para o consumidor.
O INNAC – Instituto Nacional de Avaliação da Conformidade em Produtos integra este grupo de organismos capacitados para assegurar que o produto não trará riscos à saúde dos pequenos. Com uma atuação séria e prezando pela imparcialidade, segurança e solidez dos ensaios realizados, atua no mercado de brinquedos e outros produtos desde 2008, garantindo a segurança dos produtos comercializados.
Ao comprar brinquedos, verifique o selo, se tem a marca do INNAC, tem garantia de brincadeira segura e saudável.
Técnico de Certificação
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PATINETE ELÉTRICO
Na atualidade se criam cada vez mais alternativas para a mobilidade urbana.
Não é para menos, o tema é uma necessidade, principalmente nos grandes centros onde o trânsito caótico e o transporte público deficitário dificultam a mobilidade da população.
O patinete elétrico é a febre do momento, tornou-se uma opção interessante para o lazer e o transporte alternativo.
Nas ruas de São Paulo, o patinete elétrico compartilhado através de empresas de aplicativo é o grande responsável pelo crescimento do transporte alternativo, devido à sua praticidade e baixo custo: basta utilizar o aplicativo onde o patinete ė liberado para uso e seu custo é cobrado por tempo.
Mas como nem tudo são flores, ocorreram problemas como, por exemplo, disputa por espaço nas calçadas entre pedestres e os patinetes, acidentes ao atravessar no sinal vermelho, desequilíbrio na condução do patinete por má conservação das vias ou até menos pela disputa por espaço com automóveis e pedestres, entre outros.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) não reconhece o patinete elétrico como veículo, reconhece como equipamento de mobilidade individual com as seguintes regras: não ultrapassar os 20 km/h nas ciclovias e 6 km/h nas calçadas.
A cidade de São Paulo foi a primeira a estabelecer novas regras para os patinetes elétricos, vamos focar nas regras que o usuário deve cumprir:
– fica proibida a utilização de patinetes em calçadas;
– os patinetes somente poderão circular nas ciclovias e ciclo faixas;
– fica proibida a utilização dos patinetes nas vias onde as velocidades sejam superiores a 40 km/h
– as empresas deverão fornecer capacete aos usuários;
– os patinetes não deverão ser usados por mais de uma pessoa por vez;
– animais e cargas não podem ser transportados no patinete;
– a velocidade máxima dos patinetes será de 20 km/h.
Importante ressaltar que o patinete elétrico de que estamos falando não é um brinquedo, uma criança não tem ainda domínio total de seu corpo para conduzir o produto na velocidade e circunstâncias acima informadas.
Os patinetes de brinquedo são passiveis de certificação e projetados para crianças de até 14 (quatorze) anos, independente da carga máxima suportada. Os elétricos, que funcionam com tensão de até 24 volts, são considerados brinquedos e devem ser utilizados sob a supervisão de um adulto e fora de vias públicas, na velocidade máxima de 8 km/h
O INNAC é um organismo de certificação acreditado pelo INMETRO para a segurança de brinquedos.
Confie nos produtos certificados pelo INNAC.
Técnico de Certificação
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A hora de dormir…
Depois de um longo dia de trabalho e estudos tudo o que queremos é descansar para no outro dia estarmos dispostos a enfrentar a rotina novamente. Isso tem sido difícil, pois ando dormindo mal.
Acordo com mais cansaço do que quando fui dormir. Passo o dia querendo voltar para a minha cama, mas quando finalmente me deito, não consigo dormir. Me incomodo. Algo está errado! Desalinhado.
Decidi procurar um médico e ele sugeriu que o colchão em que durmo fosse o culpado disso. Imagine só, um colchão ser o causador das minhas dores? Até parece.
O médico me informou que existe uma densidade especifica para o meu peso e tamanho e, por curiosidade, fui olhar se havia alguma especificação no meu colchão. Guardei um manual que veio junto com o meu colchão de espuma, onde consta uma tabela de correlação entre o meu peso, tamanho e a densidade ideal.
Considerando a tabela, um colchão ideal para mim seria um de densidade 28 (Esse é um termo técnico usado para definir o peso da espuma usada no produto com relação a um determinado volume, calculado com a altura e largura do colchão). Curioso, revirei meu colchão para encontrar a densidade e, ao olhar a etiqueta, fiquei pasmo! Meu colchão é de densidade 45! Por isso o desconforto, as noites mal dormidas e o cansaço durante o dia. Nunca imaginei que, ao escolher um colchão de forma errada, eu poderia me prejudicar tanto. Com isso, percebi que todas as informações necessárias para comprar um colchão ideal são encontradas na etiqueta do produto.
Mas o principal é observar se nele existe o selo de conformidade ( de preferência do INNAC) para identificar se aquele produto foi aprovado em testes de desempenho.
Comprar produtos certificados pelo INNAC é ter a certeza que o mesmo foi submetido a rigorosos testes de qualidade.
texto colaborativo
Luana Teles
Técnica de Certificação
Técnica de Certificação
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Cabelos de Bonecas
As bonecas produzidas em escala industrial, a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, passaram a ter suas cabeças feitas em vinil, e um grande problema foi a colocação de cabelos. A colagem de fios de lã, como era praticada anteriormente em cabeças de massa de gesso, não funcionava no vinil.
Nos anos 1950 desenvolveu-se nos Estados Unidos a técnica de enraizar cabelos com o uso de máquinas de costura especiais, que aplicavam um fio através de uma agulha de costura, implantando o cabelo na cabeça.
Na época, o filamento mais próximo da aparência do cabelo humano era um cabelo de saran, um cabelo mais pesado do o que o cabelo de verdade.
O fio produzido deve ser submetido a um processo de ondulação, mesmo que se destine a um penteado de cabelo liso. Se não for tratado pelo processo, ficará completamente arrepiado.
A ondulação é feita passando continuamente o fio em torno de um tubo com aquecimento, fazendo o que as mulheres faziam nos salões de beleza, uma “permanente”. Conforme o diâmetro do tubo, obtêm-se ondas com diâmetros desde 5 centímetros, para bonecas com cabelos afro, até 24 centímetros, para bonecas brancas com cabelos lisos.
Surgiu um problema no final dos anos 1970, quando a resina saran deixou de ser fabricada.
As alternativas eram:
- um fio de cabelo de nylon bom aspecto, com peso similar ao cabelo humano, penteável, lavável com xampu infantil, enfim satisfazendo a todos os requisitos para as crianças brincarem, mas produto importado da Itália, muito caro.
- Um fio de polipropileno com aspecto mais brilhante que o cabelo humano, dificilmente penteável, e quando lavado com xampu o penteado perdia toda a formatação.
As bonecas da Estrela de preço menor, de custo mais popular, e as produzidas por empresas concorrentes, ficaram com a segunda alternativa.
As bonecas de maior valor da Estrela tiveram cabelos de nylon . Para enfrentar o custo de importação, a empresa montou uma instalação especial dedicada para a fabricação de cabelos de nylon.
Atualmente a situação de bonecas, no mundo inteiro, foi influenciada pela evolução sociológica.
Bonecas representando meninas pequenas ainda são comercializadas no Brasil e em alguns países, mas em volumes decrescentes. A maioria esmagadora de bonecas são bebês, que têm pouco ou nenhum cabelo, ficando irrelevantes as exigências de penteados.
Sobraram então as bonecas manequins, tipo Barbie, que utilizam não só cabelos de nylon e polipropileno (conforme o nível de qualidade de cada produto), como também um novo tipo de cabelo de saran, para atender a requisitos de normas de resistência ao fogo, que é obrigatoriamente testado quando o comprimento for maior que 15 centímetros. Além destas, temos as cabeças grandes de boneca, montadas num suporte, para serem maquiadas e penteadas repetidas vezes, sendo que aqui a resistência à lavagem é um requisito importante. Recomenda-se o uso de xampus e condicionadores infantis, cujo manuseio é mais um aprendizado para a criança.
As bonecas que fazem parte dos brinquedos adotados conforme os requisitos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), por necessitarem de maior resistência durante o uso coletivo intenso em creches e escolas, têm especificação de cabelos de nylon, conforme projeto da Comissão de Estudos de Segurança do Brinquedo, da ABNT.
Mas história não termina aqui. Os cabelos mais usados atualmente são para bonecas humanas, principalmente adolescentes. Os cabelos de marca Kanekalon, produzidos no Japão, são feitos de diferentes tipos de fibras, entre as quais a modacrílica e o poliéster modificado com retardante de chamas. São usados em apliques e perucas em várias cores, e em dreadlocks provocativos (tipo rastafári), causando um consumo de toneladas de fibras de cabelos por ano.
As bonecas certificadas pelo INNAC atendem a todos os requisitos de segurança exigidos pelo INMETRO.
Confie sempre nos produtos certificados pelo INNAC.
Engenheiro Especialista
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Ameaça Invisível
Quem nunca calibrou os olhares, fixou-se atentamente e admirou uma linda e flutuante bolha de sabão, cheias de cores causada pela ação dos raios solares, outras vez mostrando reflexos e espelhando algumas formas.
Alguns pesquisadores usaram as mesmas bolhas para fins de estudos, e compreenderam alguns fenômenos químicos, físicos e biológicos. Na química as bolhas demostraram que aquela película aquosa finíssima foi criada por meio da dissolução das moléculas de sabão na água, que diminui a tensão superficial da água formando uma solução. A física vai explicar que essa solução tem uma propriedade elástica, que quando esticada a concentração da solução de sabão diminui, fazendo com que as gotículas de águas evaporem desintegrando as bolhas.
Há gerações as bolhas de sabão encantam e chama a atenção das crianças, e a manipulação dessas pequenas máquinas formadoras de bolhas e o seu principal veículo a “solução de sabão” deve passar por rigorosos ensaios mecânicos e microbiológicos.
E é neste momento que biologia aparece, e de forma forense vai evidenciar ameaças invisível, que podem ocorrer por meio de uma contaminação cruzada inaceitável e de natureza biológica, que podem ser nocivos ou não a saúde humana.
Testes biológicos tornam-se uma excelente ferramenta e agrega um excelente valor nas boas práticas de fabricação que visa estabelecer os princípios essenciais de higiene durante a produção produtos com meio aquoso.
Sabendo que o mecanismo de formação das bolhas exige uma coluna de ar por vias respiratórias, aumenta-se o risco uma vez que os líquidos formadores de bolhas podem ser aspirados, e se houver uma contaminação a riscos à saúde do usuário. Recomendamos que ao adquirir produtos que possuam veículos aquosos vendidos como brinquedo, devem estar em embalagem fechada, com instruções e cuidados de uso.
Como brinquedo, deverá estar certificado, ostentando o selo do INMETRO. O INNAC é organismo de certificação acreditado pelo INMETRO para a segurança de brinquedos.
Continua….
Químico
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Brumadinho e os Metais Pesados
A tragédia de Brumadinho foi terrível sob vários pontos de vista. Os mais óbvios e comentados referem-se à destruição de casas e perdas de vidas com a avalanche de lama.
Em seguida, sequelas que vão demorar para cicatrizar: as perdas de vidas deixaram sobreviventes marcados para sempre, com a perda de membros da família, crianças sem pais que sofrerão permanentemente em suas estruturas feridas, tanto psicológicas como emocionais.
Vamos abordar outra sequela, a contaminação do Rio Paraopeba e os cursos d’água que recebem o rio a jusante , por metais pesados.
O que são metais pesados, o que têm a ver com o rio?
Para explicar do que se trata, precisamos saber que o conceito de metais em água não é a presença de partículas de material junto à lama que deixa a água turva.
No Rio Paraopeba existe isso também, a água ficou completamente turva, com cor amarelo avermelhada, demonstrando a presença da lama da barragem. Isso é uma contaminação importante, mas não é tudo. Na água existe a presença de metais em solução, tecnicamente falando são sais de metais. Mesmo com transparência total de uma água filtrada, a contaminação com metais continua presente. E de que metais se trata? As análises informam presença de ferro, manganês, cromo e cobalto em concentrações muito acima das máximas toleradas por nosso organismo. É preciso reforçar a ideia de que o problema não é a existência de metais, mas sua concentração. O ferro, por exemplo, em baixas concentrações é fundamental para nossa vida: a hemoglobina, pigmento vermelho de nosso sangue, contém ferro. Entretanto, se bebermos água com teores elevados de ferro, maiores que 0,3 mg por litro de água, teremos problemas gastro intestinais muito sérios, podendo levar à desidratação e eventualmente à morte.
Então permanece um problema de difícil solução, pois a remoção de metais solúveis em água é bastante dispendiosa, com processos pouco difundidos no Brasil.
Os metais pesados são objeto da regulamentação de brinquedos e de materiais escolares. Nestes artigos, existe a probabilidade de contaminação por metais pesados nas partes coloridas de plásticos, tintas, giz de cera e massas de modelar. Os produtos obrigatoriamente devem ser submetidos a análise de teores de chumbo, cádmio, selênio, mercúrio, antimônio, cromo, bário e arsênio para serem certificados, antes de colocados no mercado.
O INNAC certifica brinquedos e artigos escolares, garantindo a obediência aos limites de metais pesados que possam prejudicar as crianças.
Confie sempre nos produtos certificados pelo INNAC.
Engenheiro Especialista
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Barbie faz 60 anos!
Em 9 de março de 1959, na Feira de Brinquedos de Nova York, a boneca Barbie foi apresentada ao mundo.
Não foi um nascimento tranquilo. Muitos compradores veteranos não gostaram do que estavam vendo, uma boneca manequim de 30 centímetros de altura, com seios, cintura fina, pernas esguias, representando uma jovem pós-adolescente e fisicamente de acordo com os ideais estéticos americanos.
Alguns consideraram que não era um brinquedo para crianças, e só seria adquirido por adultos pervertidos.
Entretanto, o que os calejados compradores não conseguiram prever, foi o sucesso instantâneo entre as meninas: naquele primeiro ano foram vendidas 300.000 Barbies.
Qual a explicação?
Barbie foi inventada por Ruth Handler, sócia fundadora da Mattel. Ela havia observado que sua filha Barbara só dispunha para brincar de bonecas bebês, para ela fazer o papel de mãe, enquanto seu irmão poderia fazer de conta ser astronauta, médico, bombeiro ou outra profissão interessante.
Barbie, diminutivo de Barbara, representou uma projeção consciente do que as meninas poderiam ser, se quisessem. Isso foi uma revolução no conceito de brinquedo.
Já havia no mercado, desde muito tempo, bonecas manequins para serem vestidas e trocadas de roupa, mas os manequins eram apenas suportes para a brincadeira. Barbie não, era a própria menina no futuro.
Barbie sempre foi objeto de críticas, desde suas proporções físicas até suas características étnicas: nasceu loira de olhos azuis, mas foi recebendo alterações em várias versões, como afro descendente, asiática, indígena e outras variações de cor de cabelo e de pele.
Barbie chegou ao Brasil em 1982. Nesta época, o regime militar considerava que brinquedos (juntamente com perfumes e cigarros) eram supérfluos de importação proibida, para não agravar a crônica falta de divisas. A solução encontrada foi a fabricação no Brasil, e a Estrela tinha todas as condições técnicas para sua produção.
Barbie então ocasionou o sumiço da Susi da Estrela. Susi era bastante apreciada desde os anos 60, mas era diferente: uma menina adolescente mais nova que Barbie, corpo com tronco inteiriço, pernas de vinil apenas um pouco flexível, enquanto Barbie tinha giro na cintura, pernas com estrutura óssea de poliacetal , coberta com “carne”de PVC macio, dobrando perfeitamente o joelho e a articulação do tornozelo. A Barbie brasileira recebeu tons locais na decoração dos olhos, nos cabelos e penteados, e principalmente nas roupas. A parceria com a Estrela durou até 1995.
No mundo globalizado de hoje, a Barbie de cada coleção anual é concebida em El Segundo, na Califórnia, e produzida em fábricas da China, com roupas da Tailândia ou do Vietnã. As loiras de olhos azuis representam menos da metade das variações étnicas, e em 2018 a Mattel lançou uma campanha dirigida à meninas para acreditarem em si mesmas e não aceitarem imposições preconceituosas de gênero.
O INNAC certifica as bonecas Barbie vendidas no Brasil, Confie sempre no INNAC.
Engenheiro Especialista
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ENSAIOS “IN VITRO”
Já ouvimos falar de avaliação de materiais que podem ser tóxicos, feita por ensaios “ in vitro”.
O que quer dizer “in vitro”?
É uma expressão em latim que significa , em português, “ em vidro”, e se aplica a ensaios feitos em laboratórios com equipamentos geralmente de vidro, em contraposição a ensaios “ in vivo”, que significa “em um ser vivo”.
Os ensaios “ in vivo” são facilmente compreensíveis, por sua analogia como que ocorre num ser humano: se um produto é duvidoso para ser comido, tradicionalmente se testava fazendo um animal comer, e eram feitas observações quanto ao efeito: o animal poderia ficar doente e morrer ou, se o produto fosse inofensivo, nada acontecia .
E o ensaio “ in vitro”? É um ensaio feito com células, colhidas de um ser vivo, e multiplicadas em laboratório. É o ensaio chamado de citotoxicidade (derivado da palavra “cito”, que quer dizer “célula”).
Mas o que é feito, é dado o produto para as células comerem? E como a gente pode ver se as células estão bem ou não, se não conseguimos ver as células, tão pequenas que são? Será que vão ser observadas em microscópio?
Na verdade, os ensaios “ in vitro” são desenvolvimentos técnico-científicos bastante sofisticados, mas podemos ter uma ideia simplificada de seu funcionamento.
As células não são visualizadas individualmente, são preparadas colônias com centenas de células, e colocadas num meio gelatinoso, em pequenos potinhos de vidro, cada um dentro de uma placa com cavidades, semelhante a uma embalagem para 20 ovos.
Para serem “vistas”, são tingidas com um corante vermelho neutro, que adere à membrana de cada célula. Nessa preparação é colocada a substância problema, (diluída em quantidade certa de água), e colocada nos potinhos, em triplicata. Nos outros potinhos são colocadas substâncias conhecidas, uma que é totalmente inofensiva para as células, outra que é conhecida como tóxica, que mata as células. Depois de um certo número de horas, a uma temperatura apropriada para o crescimento do número de células, o material de cada potinho é retirado, diluído com mais um pouco de água e filtrado. Pode-se usar filtro de papel, semelhante ao dos filtros de café domésticos.
O filtrado é avaliado por sua cor, só que não é apenas por apreciação visual: equipamentos especiais determinam a intensidade da cor dos potinhos com a substância problema, da cor dos que tiveram material inofensivo (cor vermelha intensa) e dos que tiveram o material que matou as células (cor vermelha desaparecida). Por aparelhos apropriados, ligados a cálculos de computador, determina-se se o efeito tóxico ultrapassou os limites considerados seguros para o ser humano, devendo então ser reprovado.
O INNAC adota e incentiva o uso de ensaios “ in vitro”, não só pela sua precisão nos resultados, mas principalmente pelo respeito que devemos ter em relação aos animais.
Confie sempre nos produtos certificados pelo INNAC.
Engenheiro Especialista
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SLIME – ainda uma vez
Muito já se comentou sobre slime, em geral sobre aspectos de como fazer em casa, e em alguns casos mostrando preocupação com algum mal que possa causar à criança.
Para termos uma abordagem objetiva, vamos dividir o tema em dois principais pontos: antes de ter o produto preparado, e depois de pronto.
Preparação do slime: seja em brinquedos embalados à venda no comércio, seja em fórmulas caseiras, o que temos são componentes de uma reação química de coagulação de ácido bórico, ou de um sal de boro, com acetato de vinila. Este último é o componente principal de colas brancas à base aquosa, de baixa ou nenhuma toxicidade. O mesmo não se pode dizer em relação ao ácido bórico ou sal de boro, perigosos por serem tóxicos. Só para dar um exemplo, existem fórmulas de veneno para baratas contendo borato de sódio. Assim sendo, o manuseio dos componentes do slime deve ser feito com a máxima cautela, por pessoa com discernimento ou por criança de mais de oito anos de idade, sob supervisão de um adulto.
Feito o slime, que é um material que apresenta ao mesmo tempo divertidas propriedades de uma pasta pegajosa e de um material elástico, que pode ser esticado e “pular” como borracha, temos as seguintes observações:
– é provável que possa ser ingerido, por crianças que estão na fase oral (menores de três anos); em si não é causa de preocupação, pois o elemento boro está fixado numa estrutura complexa;
– sendo pegajoso, incorpora toda sujeira do ambiente, das mãos ou do chão onde estiver sendo manipulado; neste caso torna-se óbvio que não é saudável por na boca e comer. Observar que com o tempo ele vai se deteriorando, podendo fermentar ou apodrecer após mais de uma semana.
Feitas esta observações, recomendamos adquirir o slime vendido como brinquedo, em embalagem fechada, com instruções e cuidados de uso. Como brinquedo, deverá estar certificado, ostentando o selo do INMETRO. O INNAC é organismo de certificação acreditado pelo INMETRO para a segurança de brinquedos .
Confie em brinquedos tendo o selo do INMETRO com a marca do INNAC.
Engenheiro Especialista
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