Campo Grande (MS) – A Operação Tijolo de fiscalização de produtos cerâmicos, realizada entre 19 de outubro e 7 de dezembro pela a AEM/MS (Agência Estadual de Metrologia de Mato Grosso do Sul), retirou do mercado 214.300 tijolos fabricados fora da medida padrão ou contendo erros formais, como a falta de identificação do fabricante, número de lote e origem de procedência. A maior parte desses tijolos foi fabricada por indústrias cerâmicas de fora do Estado (uma está estabelecida no Paraguai). Os proprietários das indústrias foram notificados e a mercadoria está embargada nos depósitos.
A AEM/MS, órgão vinculado à Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) é delegada do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) no Estado. A Operação Tijolo contou com apoio da Polícia Civil e fiscais da Secretaria da Fazenda, e verificou as dimensões do produto e a presença das informações necessárias, como número do lote, identificação do fabricante, etc.
Foram fiscalizados 37 depósitos de materiais de construção em três cidades: Campo Grande, Amambai e Dourados. O problema mais grave verificado em todos os tijolos apreendidos é quanto às dimensões. São menores do que o padrão estabelecido para a indústria nacional, com isso podem acarretar problemas desde o transporte até a construção. “Enquanto um caminhão tem capacidade para transportar x tijolos dentro do padrão normal, se o tijolo for menor a carga pode aumentar em até 20 ou 30%”, explica o secretário Jaime Verruck.
O diretor presidente da AEM/MS, Nilton Rodrigues, afirmou que a Operação Tijolo vai prosseguir em 2018, estendendo-se às principais cidades do estado. Os tijolos interditados por falta de informações do fabricante, por exemplo, serão liberados para comercialização caso o proprietário do depósito apresente a documentação exigida. Já os tijolos fora do padrão devem seguir para destruição.
Fonte: INMETRO