Projeto do Inmetro e do Ipem-SP para verificação de esfigmomanômetros é aprovado pela Fapesp

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) aprovou o financiamento de um projeto elaborado em conjunto pela Diretoria de Metrologia Legal (Dimel) do Inmetro e pelo Departamento de Metrologia Científica (DMCI) do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP). O objetivo é aparelhar e capacitar o Laboratório de Pressão do DMCI, para que ele se torne referência em Ensaios de Proficiência para verificação de esfigmomanômetros – os aparelhos de pressão arterial.
Para comercializar esfigmomanômetros, os fabricantes e os importadores devem verificar os instrumentos, atendendo a uma série de requisitos, entre eles a utilização de um laboratório acreditado pelo Inmetro para realizar os ensaios. A acreditação é um processo que avalia o laboratório quanto a competência, infraestrutura, métodos, padrões, entre vários outros aspectos.
Um dos mecanismos de controle da qualidade dos resultados dos laboratórios são os Ensaios de Proficiência, nos quais laboratórios semelhantes ensaiam os mesmos artefatos, para comparar resultados e garantir maior exatidão das medições realizadas. A ideia, com o projeto, é que o Ipem-SP seja a primeira instituição do País capacitada para coordenar os Ensaios de Proficiência com foco nas verificações de esfigmomanômetros. Para isso, o valor financiado é de aproximadamente R$ 350 mil.
“O controle metrológico desses instrumentos é fundamental para evitar falsos diagnósticos de hipertensão arterial”, explica o servidor do Inmetro, Rafael Farias, responsável pela regulamentação de esfigmomanômetros e pela automação do Laboratório de Pressão. Também participam da iniciativa o servidor Bruno Amado, coordenador do projeto, e o especialista do Ipem-SP, Wilian dos Anjos, coordenador do Laboratório de Pressão do DMCI, que, a partir da implementação do projeto, passará a prover rastreabilidade na grandeza pressão.
A realização dos Ensaios de Proficiência também possibilitará uma análise crítica e possível redefinição dos erros máximos admissíveis para os esfigmomanômetros, aumentando a confiabilidade das medições na área da saúde. Além disso, a Dimel poderá estabelecer medidas punitivas para empresas que tiverem resultados insatisfatórios nos ensaios.Fonte: INMETRO